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Bernard Harcourt: “A liberdade deve ser construída”

Bernard Harcourt: “A liberdade deve ser construída”

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Bernard Harcourt, teórico crítico e professor de direito na Universidade de Columbia, em seu apartamento em Manhattan, Nova York. Karen Dias / -
O que significa ser livre? Esta é uma das grandes questões existenciais que ressoam nos eventos políticos atuais, num mundo onde o ideal de liberdade parece estar a vacilar, 80 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Neste verão, La Croix L'Hebdo explora este ideal através de seis conversas. A primeira é com Bernard Harcourt, professor de Direito na Universidade de Columbia, em Nova Iorque (Estados Unidos), epicentro da ofensiva de Donald Trump contra a liberdade académica.

La Croix L'Hebdo: Por que a liberdade é tão central para o ideal americano?

Bernard Harcourt: É central para o ethos da Revolução Americana. Nos Estados Unidos, a liberdade baseia-se na ideia de liberdade em relação à tirania. Já na França, a Revolução combinou a eliminação da monarquia com noções de igualdade e solidariedade, ou "fraternidade". Consequentemente, a liberdade assumiu cores e papéis muito diferentes nos dois lados do Atlântico. Nos Estados Unidos, é quase um ideal universal absoluto que precede tudo o mais, como refletido na frase "Dê-me a liberdade ou dê-me a morte", atribuída a Patrick Henry, um dos pais fundadores do país. É como se estivesse no topo da hierarquia de valores, isolada de outros valores. Isso explica por que sempre houve, nos Estados Unidos, uma ênfase maior no individualismo e na ideia de liberdade da interferência governamental. Ao contrário da França, onde há menos ceticismo em relação ao Estado.

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